Brasil tenta habilitar vendas à China; Mato Grosso na expectativa.

Brasil tenta habilitar vendas à China; Mato Grosso na expectativa.

Seja carne ou milho, a informação é bem recebida no Estado, que detém o maior rebanho de bovinos do País.

O adido agrícola do Brasil na China, Jean Manfredini, destacou, durante o webinar “Desafios e perspectivas para a cadeia de carnes: Mercado Asiático e Europeu”, promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que o país está tentando diversificar ainda mais a pauta de exportações, negociando com autoridades chinesas uma habilitação para a venda de milho, além de outros produtos.

“Uma grande preocupação, e também, um dos principais desafios é tentar vender aos chineses produtos com maior valor agregado”, sinalizou.

Jean afirmou que houve alguns avanços neste sentido recentemente, com a venda de lácteos, farelo de soja e carnes processadas para a China.

“Estamos trabalhando para aumentar essa gama de produtos. Mas para isso é também necessário um trabalho de marketing para entender o que o consumidor chinês realmente quer comprar”, pontua.

Seja carne ou milho, a informação é bem recebida em Mato Grosso, Estado que detém o maior rebanho de bovinos do País – cerca de 30 milhões de cabeças – e oferta o maior volume nacional de milho e de soja.

Assim como no Brasil, a China é o maior parceiro comercial de Mato Grosso. De janeiro a junho, esse mercado respondeu por 40% de todos os negócios chancelados pelo Estado.

Em cifras, isso quer dizer que dos US$ 9,52 bilhões faturados pela pauta agro estadual, US$ 3,9 bilhões vieram de negócios com os chineses.

Em um ano, o apetite deles por produtos ‘made in Mato Grosso’, especialmente de carnes bovinas, aumentou 6,3%.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, mostram que do faturamento global de Mato Grosso neste semestre, US$ 9,65 bilhões, dos quais US$ 9,52 bilhões foram gerados exclusivamente pelos produtos do agro.

Além do complexo soja, carnes e algodão tiveram participação significativa na composição da receita, com participação de 9,48% e 9,41%, respectivamente.

Apenas em junho, o Estado contabilizou US$ 1,61 bilhão em vendas, o maior valor para o mês desde 2017. 

No País, as exportações do agronegócio foram recordes para os meses de junho nesse mês, com registro de vendas externas de US$ 10,17 bilhões. Houve crescimento de 24,5% em relação às exportações em junho de 2019 (US$ 8,17 bilhões).

Fonte: www.diariodecuiaba.com.br